quinta-feira, 3 de maio de 2012

I Like Buttons 2

Galera, parece que meu botão de Like começou a funcionar. Meu não, do blog, que fique claro. Like no meu button nem fodendo. Mas do blog sim! Mesmo sabendo que as pessoas não vão clicar nele compulsivamente.

Não sei como resolver alguns bugs, portanto, se você der um Like em algum post – que é pouco provável – por favor, me reporte se deu certo ou não, ok?

Assim eu posso saber como usar essa ferramenta inútil.

No Angeloni


Hoje eu estava na padaria do Angeloni. Um lugar onde pessoas sem talento culinário se reúnem no final do dia para levar seu jantar para casa. Estava segurando minha cestinha azul com as duas mãos na frente dos joelhos, balançando para frente e para trás, tentando imaginar que sabor de pastel poderia saciar minha fome de homem solteiro e, que harmonizasse melhor, com as duas latinhas de Skol que já havia pegado.

Uma senhora apareceu do nada ao meu lado, jogou um pratinho com um pastel em cima do balcão:
- Moça! Moça! Meu pastel está mordido!

A atendente pegou o pratinho, olhou para o pastel e respondeu:
- Está sim, a senhora mordeu.
- Eu mordi, mas depois eu vi que já tinha outra mordida.
- Só tem uma mordida aqui, onde a senhora viu a outra?
- Aqui, na ponta! Quero meu dinheiro de volta.
E mostrou uma pequena meia-lua, um sorriso, em uma das pontas do pastel.

A atendente respondeu:
- Minha senhora, isso aqui não é uma mordida, é um corte que o pessoal da cozinha faz para diferenciar o sabor dos pastéis. Esse aqui é de carne, por isso tem esse corte. O de queijo, veja, é diferente, o de palmito também.

Ela dizia isso apontando para os pastéis em exposição na estufa. A tal senhora olhava levantando levemente a cabeça, para que seus óculos na ponta do nariz ajudassem no foco. Então respondeu:
- Ah... Tá bom...

Pegou o pratinho e voltou para a mesa, como se nada tivesse acontecido. Eu observava tudo de canto de olho, ainda balançando para frente e para trás feito um autista, com as latinhas de cerveja batendo nos cantos da cestinha.  A atendente finalmente voltou-se para mim:
- E o senhor? O que deseja?
- Uma empadinha, por favor.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Viva a vida!


Um amigo meu me contou que, depois daquelas fotos que algumas meninas postavam no Orkut, fazendo biquinho na frente do espelho, mostrando os peitos de plástico (nada contra!) em autorretratos de decotes; a nova onda é esse tipo de enquadramento que vai na foto desse post. 

Tudo bem! O Orkut morre, o Facebook vive e a natureza humana não muda. Tanto para meninas que A-DO-RAM colecionar seguidores e admiradores virtuais, como para esse meu amigo que, bem... Vocês sabem.

Falo desse tipo de foto que vejo muito por aí, digo... meu amigo vê; da pessoa de costas para o fotógrafo, numa pose quase casual, contemplando uma paisagem paradisíaca e de braços abertos para o divino, numa intimidade a ponto de trocar amplexos com Deus em pessoa.

Na foto, a moça muito à vontade, tenta passar uma mensagem às suas desafetas e a seus admiradores virtuais:
Viva a vida! Veja como sou uma pessoa em contato com a natureza, feliz, admiradora do belo, curtindo a vida adoidada. Sou um pássaro prestes a voar, meu espírito não é de ninguém e este mar e eu somos uma só coisa. Eu aqui no Caribe, você aí no trabalho vendo essa foto escondido do seu chefe... Beije na boca, tome banho de chuva, dance como se ninguém estivesse vendo, pise descalço na grama, coma chocolate, use filtro solar!

Meu amigo disse que até já leu citações de Fernando Pessoa (?) nas descrições das fotos. Imagino que Fernando Pessoa estava pensando justamente nisso quando escreveu o que escreveu. Bobagem!

No fundo elas querem dizer uma coisa só:
Olhem minha bunda!

E ponto final.

PS: eu prometi não postar mais fotos de bunda. Tecnicamente este não é um post de bunda mas de liberdade humana, evidentemente.